O que é mais importante: o processo
ou o resultado?
Neste
mundo maluco no qual vivemos, tudo é rápido e parece mágico. Apertamos um botão
e a luz se acende, tocamos a tela de um celular e acessamos milhares de
informações, vemos e conversamos com pessoas que estão do outro lado do
Planeta, vamos ao supermercado e adquirimos alimentos gostosos a preços acessíveis.
Isso
nos distância dos processos e nos faz pensar que tudo é rápido e fácil. Além
disso, nos torna preguiçosos, nos faz desaprender de que necessitamos nos
esforçar para conquistar o que queremos.
A
escola é um dos locais onde se nota essa situação claramente. Alunos não querem
nada que seja difícil, que exija trabalho e esforço. Querem aulas divertidas
onde aprendam brincando.
O
desenvolvimento das comunicações e da internet contribuem muito para isso, uma
vez que a informação está disponível e dá a sensação de onipotência.
É
verdade que se uma pessoa souber e quiser aprender, poderá fazê-lo. No Google
você encontra qualquer coisa. Entretanto, é preciso despertar nas crianças e
adolescentes o gosto por descobrir e aprender, é preciso mostrar os caminhos e
as infinitas possibilidades desta ferramenta.
Nossa
escola, felizmente, tem feito esse trabalho. É gratificante perceber que os alunos
estão desenvolvendo projetos inovadores como os do último sábado, onde
socializaram suas descobertas sobre as questões ambientais com os colegas e professores , através de
movie maikes, power points, comerciais, teatro e filmagens. Havia trabalhos tão bons que era difícil
acreditar terem sido elaborados por alunos de 11, 12, 13 e 14 anos.
Nesse
caso, da produção dos trabalhos sobre o meio ambiente, os estudantes deixaram
de ser consumidores para serem os criadores. No caso da filmagem do comercial e
nas animações, perceberam que para gravar meio minuto, foram necessárias, às
vezes, horas. Perceberam a importância da luz, do som, de passar a mensagem com
clareza. Perceberam que não é tão fácil assim, que por trás das aparências há muito
trabalho, há inteligência, há equipe, há técnica.
Então,
é preciso ousar, é preciso oportunizar, é preciso confiar. Muito aprendemos
durante as últimas semanas em todos os aspectos, e isso, embora desestabilize,
gera crescimento e aprendizagem.
Também
é importante aprender a escutar, aprender a respeitar as pessoas pela sua
história, por sua trajetória em prol a uma causa e muito se aprendeu com a
palestra do Presidente da AFAPAN, Sr. José Antonio Pancotto.
Você
saberá detalhes sobre o trabalho desenvolvido lendo as diversas seções do nosso
Jornal Fique por Dentro.
Na última quinta-feira, dia 22 de novembro,
a comunidade escolar teve a oportunidade de exercer a democracia quando votou e
escolheu aqueles que dirigirão a escola nos próximos anos: Equipe Diretiva,
Círculo de Pais e Mestres e Conselho Escolar. Ao votar sim ou não, uma vez que
havia apenas uma chapa concorrendo, manifestou apenas seu acordo, ou não, com
as pessoas, mas isso está muito longe do conceito de democracia de: governo do
povo, pelo povo e para o povo. A
democracia existirá realmente na escola quando todos os segmentos forem ouvidos
e respeitados, quando todas as decisões serão tomadas com o objetivo de
beneficiar a comunidade, quando cada um dos membros da própria comunidade
tiverem esse mesmo objetivo. O processo
democrático ocorreu verdadeiramente no momento da eleição, mas não se encerra
aí. Os dirigentes foram eleitos, mas não são os donos do poder. Cabe a cada um
desempenhar seu papel: cabe aos dirigentes coordenar, cabe aos eleitores
participar, argumentar, contribuir, criticar quando for necessário. Só assim,
com a participação de todos, nossa instituição crescerá e avançará rumo aos
objetivos definidos por todos.
